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Foto do escritorArquivo Raw

Ep. 12 - Começando no Fotojornalismo


 

Mantenha-se informado, pense a sua pauta, mantenha contatos e não faça o óbvio. Com essas (e algumas outras) dicas, é possível começar no fotojornalismo de um jeito mais acertivo.



Dicas de fotojornalismo
Fotojornalismo




Roteiro

Temporada: 004

Episódio: 012

Gravação: Henry Milleo

Locução: Henry Milleo


<FADE IN

ENTRA MÚSICA

MÚSICA DESCE>


Olá, pessoal. Sejam bem-vindos a mais um episódio do Arquivo Raw, um podcast para falar de fotografia.


Eu sou o Henry Milleo, sou fotógrafo e editor de fotografia e também host dessa coisa toda aqui.


E como eu disse no episódio passado - se você ainda não ouviu, corre lá - esse aqui é um tipo de spin off sobre fotojornalismo.


Nesse episódio eu vou trazer algumas dicas para quem quer começar no fotojornalismo.


E esse também é um tema que foi pedido por um ouvinte, então se você tem alguma sugestão, manda ela aí que eu coloco aqui na fila de temas e em breve ela aparece por aqui.


E você pode enviar a sua mensagem pela plataforma que você está ouvindo - se ela possibilita isso, é claro - pelo instagram do arquivo raw que é @arquivo_raw, ou pelo e-mail e formulário de contato que você encontra lá no site, que o link está aqui na descrição desse episódio, ok?


E aproveitando que eu entrei aqui nesse turbilhão de coisas para dizer, eu quero pedir para você seguir o arquivo raw lá no instagram, para você classificar o podcast aí no seu tocador - cinco estrelas seria ótimo, mas você é livre para marcar quantas quiser - e para você apoiar a produção disso tudo aqui ouvindo os episódios pela orelo, que é orelo.cc/arquivoraw, fazendo um pix de qualquer valor para a chave que está na descrição desse episódio ou mesmo indicando o podcast para seus amigos que você sabe que se interessam por fotografia e compartilhando nas suas redes sociais também.


Quanto mais a gente cresce em audiência, mas o algoritmo dos tocadores oferece o conteúdo para novos ouvintes e mais a nossa comunidade fotográfica cresce.


E, dito tudo isso, vamos para a vinheta e para o episódio de hoje.


<ENCERRA MÚSICA E ENTRA VINHETA

ENCERRA VINHETA E MÚSICA VOLTA>


Ok. Para dar o start nessa lista de dicas para começar no fotojornalismo, vamos logo para a primeira delas, que é uma das mais importantes.


<SOM DISPARO DE CÂMERA>


Mantenha-se informado.

Um bom jornalista e um bom fotojornalista é aquele que sabe o que está acontecendo à sua volta.


Então saiba o que de mais importante está acontecendo no mundo, no seu país, no seu estado e na sua cidade.


Você não precisa ser um expert em tudo ou mesmo se aprofundar nos assuntos, mas saber minimamente o que está acontecendo ao seu redor é essencial para que você possa se pautar nas coberturas que vai fazer, além de trazer mais informação que você pode usar para fazer um melhor trabalho.


E aqui vai uma dica dentro da dica:

Para saber o que se passa na sua cidade e no seu estado escute os jornais matinais nas rádios, elas sempre trazem um apanhado do que está acontecendo próximo a você.


Outro meio, mas esse para saber o que se passa na área um pouco maior, do país ou do mundo, são os podcasts de notícia - tem da Folha, do Estadão, enfim, de vários jornais. Eles geralmente são mais analíticos e trazem os principais assuntos de uma forma um pouco mais aprofundada.


E também acompanhe os jornais e portais online. Os assuntos mais falados e mais importantes sempre estão na home desses veículos.


Uma coisa que eu faço é seguir os portais de notícia no twitter, porque é ali que os veículos trazem primeiro a informação, os breaking news, para depois ter um conteúdo mais completo em seus sites.


Com essas informações você já consegue se pautar e, mesmo vivendo em uma cidade menor, pode fazer um material que acompanha o que está sendo publicado.


Por exemplo. Tem se falado muito em gripe aviária. Já tem casos confirmados em vários estados do país e isso movimenta as notícias não só pela questão de saúde, mas também pela questão econômica, já que o Brasil é um dos maiores exportadores de carne de ave, como pela questão política, porque o país vai ter que dialogar com os compradores internacionais para garantir ações para combater essa situação.


Então para ilustrar esse tema você pode fazer fotos de análise de material em laboratório, ou de granjas de aves, ou de galinheiros caseiros, ou até da sessão de congelados no supermercado.


<SOM DISPARO DE CÂMERA>


A dica número dois é: Uma pauta por dia.

Mesmo que você não ache nada factual, mantenha o hábito de fazer uma pauta por dia.


Se você acha que não tem assunto, faça uma série de fotos frias.

Fachada de bancos ou de órgãos públicos como correios, prefeitura, câmara de vereadores.. Ou mesmo do cotidiano:

vitrine de lojas, movimento de ruas, carros, motocicletas, pedestres, parques, praças etc.


Vá na sessão da câmara da sua cidade e faça um retrato de cada vereador, de secretários. Tudo isso serve de arquivo.


A agência que você se cadastrou vai perceber que tu tem volume de produção e quando uma pauta específica aparecer você pode ser cotado para ser credenciado e fazer a cobertura.


<SOM DISPARO DE CÂMERA>


A dica três é: se adiante.

Pense na pauta futura.


Por exemplo: Na black friday os jornais não esperam o dia exato das promoções para dar material. É assunto que começa a ser tratado com pelo menos uma semana de antecedência.


Lojas já têm vitrines, faixas e cartazes chamando para as promoções ao menos 15 dias antes, então você pode usar isso para fazer o material e distribuir com folga para ser usado.


Da mesma forma essas fotos podem sair depois, quando começarem a trazer os balanços das vendas e informações desse tipo.


<SOM DISPARO DE CÂMERA>


A dica 4 é: Banco de imagem e editorial.

Fotos editoriais e para publicações como livros didáticos pagam melhor que veículos de notícias.


Então veja se a agência onde você se inscreveu também atende esse mercado e procure saber quais as demandas eles têm.


Você pode conseguir produzir algo para isso ou mesmo pode já ter algo em seu arquivo.

Também veja se a agência atende às demandas de designers. É possível fazer muita coisa em casa.


Uma vez eu passei uma tarde fotografando tomates com fundo branco na mesa da sala aqui de casa. Montei um estúdio improvisado e fiquei fotografando tomate, tomate borrifado com água, tomate cortado, tomate na salada. Até hoje essas fotos vendem.


<SOM DISPARO DE CÂMERA>


Cinco: Mantenha contato.

Conheça e mantenha relação profissional com outros fotógrafos. Crie um networking. Assim quando alguma vaga de freela fixo ou para cobertura de férias surgir, tu pode ingressar em um veículo maior ou mesmo algum onde teu trabalho tenha mais projeção.


A maioria das vagas nessa área é preenchida por indicação.


<SOM DISPARO DE CÂMERA>


seis: Não faça só o óbvio.

Procure suas próprias pautas e ofereça para os veículos e agências.


Qualquer história é passível de se tornar um material fotográfico interessante se você souber como contar essa história e como oferecer para um editor. Por isso é importante estar informado: para saber identificar o gancho das pautas.


Uma das pautas mais bacanas que vi nos últimos tempos (por últimos tempos leia-se mais ou menos uns sete anos atrás) era uma série de retratos de porteiros da Park Avenue, em Nova Iorque.


Só um retrato e a legenda com uma breve história de cada um.


Simples, bonito e rico porque cada um tinha uma história bacana relacionada com o trabalho e com a cidade.


<SOM DISPARO DE CÂMERA>


Dica número sete: mantenha um arquivo organizado.

A maioria dos bons fotógrafos que eu conheço, aqueles que conseguem ter um bom ritmo de publicações e de contatos, são aqueles que são organizados.


Então preste atenção nisso. Você precisa ser capaz de acessar seu material rapidamente quando tiver uma demanda por arquivos.


E da mesma forma precisa organizar suas pautas feitas e as que estão por fazer.


Então crie uma planilha ou algo do tipo, com um sistema de tags e metadados para encontrar facilmente o que você procura e organizar o seu trabalho.

Dica oito: Crie um arquivo de contatos e conheça a linha editorial de cada veículo.


Eu tenho uma planilha onde coloco o nome do veículo, o país de onde ele é e os contatos de editores, além da linha editorial do veículo - se ele é de economia, de cultura, de ambiente etc.


Assim quando eu tenho uma pauta eu sei exatamente para quem oferecer. Sei que posso enviar uma proposta X para uma revista da Alemanha ou da França, por exemplo, direcionando melhor o material.


Então crie o seu sistema de arquivo com essas informações e mantenha ele atualizado.


<SOM DISPARO DE CÂMERA>


Oito: nunca prometa o que você não tem certeza que possa cumprir.

Essa é uma das mais importantes, principalmente se tu vai trabalhar para gringo.


Se você disser que vai fazer isso, entregue isso. Os editores têm que confiar que quando você está em pauta para eles, você vai trazer o que prometeu.


Então pense na estrutura da pauta e na história que você quer contar e veja o que é possível fazer.

Se conseguir mais do que prometeu, ótimo, mas nunca fique devendo.


<SOM DISPARO DE CÂMERA>


E a última dica é: Aprenda a escrever.

Quando a gente pensa em fotojornalista sempre tem a imagem do cara que vai lá e faz uma foto que vai ser usada para ilustrar uma matéria.


Mas você pode ganhar muito mais visibilidade para o seu trabalho e, consequentemente, mais freelas para veículos mais interessantes, se entregar material completo. Se contar uma história com texto e fotos. Uma fotorreportagem ou storytelling, como se diz hoje em dia.


Então pense no seu trabalho com uma estrutura de sequência de imagens contando uma história e alinhe isso com um bom texto.


<SOBE MÚSICA

DESCE MÚSICA>


E é isso aí. Algumas dicas básicas e bem práticas para você começar aí no fotojornalismo, dicas essas que eu sigo até hoje, mesmo já estando mais perto do fim de carreira do que do começo.


E espero que você tenha curtido esse episódio, então mande o seu feedback, deixe o seu comentário porque é importante para mim saber o que você está achando aqui do conteúdo que eu produzo, ok?


E eu termino lembrando você para seguir o arquivo raw no instagram, que é @arquivo_raw e também para dar uma conferida lá no site do podcast - o link está aqui na descrição desse episódio e lá na bio do instagram.


No site tem o roteiro dos episódios com as transcrições e, em breve, vou começar a publicar lá um conteúdo exclusivo sobre fotografia.


Esse episódio teve trilha sonora do podcast.co

Fiquem bem, até a próxima. Ciao.


<SOBE MÚSICA

FADE OUT

ENCERRA>




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