Olá, pessoal. Hoje é o dia mundial da fotografia e eu resolvi fazer aqui a minha homenagem, trazendo a dica de 3 fotógrafas que você deveria conhecer e que se você já conhece, vale a pena rever o trabalho nessa data.
Masha Ivashintsova.
Se você fizer uma busca, vai encontrar vários sites e portais que tratam a fotógrafa Masha Ivashintsova como: A Vivian Maier russa. Isso porque o material dela também foi descoberto em um sótão na casa onde ela vivia, na cidade de São Petersburgo, só após a sua morte.
Mas as similaridades terminam por aí, porque apesar de - assim como a Vivian Maier - ela também fotografar o cotidiano, o material dela é muito mais cru. Mas esse cru não quer dizer que ele é menos refinado e sofisticado, porque ele é muito refinado e sofisticado, mas sim porque ele é visualmente mais carregado. Além disso, outra diferença é que ela e a Vivian Maier tinham interesses diferentes nos temas que retratavam.
Para mim o trabalho dela me lembrou muito a fase pós The Americans, do Robert Frank, e só aí ela já me ganhou, porque visualmente esse é um estilo de fotografia que me atrai.
Lee Miller
Elizabeth "Lee" Miller começou a carreira como modelo fotográfico, posando para várias revistas, entre elas a Vogue. Foi modelo e musa do fotógrafo Man Ray - eles chegaram a ter uma relação, inclusive - e também foi musa do pintor espanhol Pablo Picasso.
E de modelo e musa Lee Miller passou para assistente de fotógrafo, trabalhando e vivendo no estúdio do Man Ray, mas quando percebeu que ia acabar ficando na sombra do que ele fazia, ela disse: “isso não é para mim”, pulou fora e foi construir a sua própria carreira na fotografia.
Ela fotografou moda - sendo fotógrafa da Vogue, inclusive - fotografou gastronomia, área onde foi uma das precursoras do porn food, e como se não bastasse ela ainda foi correspondente de guerra, cobrindo a segunda guerra mundial. Aliás, ela foi um dos primeiros civis a entrar em um campo de concentração.
Gioconda Rizzo
A brasileira Gioconda Rizzo começou a fotografar aos 14 anos, no estúdio que o seu pai tinha, no centro de São Paulo, e ela inovou na fotografia de retratos fotografando as mulheres enquadrando apenas os ombros e o rosto, algumas vezes com as modelos usando véus e chapéus e em outras deixando os ombros a mostra, o que causou um frisson na alta sociedade paulistana da época.
Rizzo também foi a primeira mulher a abrir um estúdio de fotografia no Brasil, o Photo Femina, especializado em retratos femininos, que ficava ao lado do estúdio do seu pai.
Mas o estúdio dela acabou fechado em 1916, por pressão da sociedade conservadora da época, porque o povo descobriu que algumas das clientes que ela fotografava eram cortesãs.
É claro que ela não se deixou abater e continuou trabalhando com fotografia, sempre inovando, inclusive fazendo aplicação de filme fotográfico em esmalte e porcelanas para uso em joias e pratos.
Aliás, a foto da família da escritora Zélia Gattai, que ilustra a capa do livro Anarquistas Graças a Deus é de autoria da Gioconda Rizzo.
E essas foram as dicas para esse dia mundial da fotografia.
Espero que vocês tenham gostado.
Fiquem bem, até a próxima e sigamos sempre fotografando.
Henry Milleo
Fotógrafo
Editor de Fotografia
Criador do Podcast Arquivo Raw
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